quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Memória de Lewis Carroll

«Mas quando ela desapareceu, a irmã deixou-se ficar ali sentada, tranquilamente, de cabeça apoiada na mão, olhando o sol-poente e pensando na pequena Alice e em todas as suas aventuras maravilhosas, até que começou também a sonhar. (...)

Ali ficou sentada, de olhos fechados. Quase acreditou no País das Maravilhas, embora soubesse que, quando voltasse a abri-los, tudo regressaria à enfadonha realidade... Apenas o vento faria sussurrar a erva, e as águas do lago agitar-se-iam com o balouçar dos juncos... O tilintar das chávenas transformar-se-ia no tinir dos chocalhos, e os gritos estridentes da Rainha na voz do jovem pastor...

E os espirros do bebé, o silvo do Grifo e todos os outros estranhos ruídos dariam lugar (ela sabia-o) ao barulho confuso da azáfama que reinava no pátio da quinta, enquanto os mugidos do gado à distância substituiriam os soluços profundos da Falsa Tartaruga.

Por fim, imaginou como esta sua irmãzinha seria no futuro, quando fosse crescida; e como conservaria, já na idade madura, o coração simples e adorável da sua infância, e reuniria à sua volta outras crianças, cujo olhar se tornaria vivo e curioso ao ouvirem tantas histórias estranhas, talvez mesmo a história do sonho do País das Maravilhas, de há muitos anos; e como ela se sentiria no meio das suas tristezas simples e encontraria prazer nas alegrias igualmente simples, ao recordar-se da sua própria meninice e dos dias felizes de Verão.»

(Alice no País das Maravilhas é um dos livros que podemos integrar no que poderíamos chamar os Grandes Livros. Alice é a maior criação da literatura infantil, estando para lá dela. É um daqueles livros imortais, onde a cada frase as crianças perguntam porquê. Inspirada numa Alice que Carroll conheceu é um livro para alimentar toda a imaginação, onde vive uma Alice que nos deixa ser nós e os nossos snhos de aventuras).

Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, págs. 125-126

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Leituras...



"Diz-se que um dia… o Sol e o Vento andavam a brincar às escondidas. O Vento empurrava as nuvens, que tapavam a cara do Sol. O Sol esbraseava-as, derretia-as e tornava a luzir. O Vento sossegava, mas sempre a resmungar. Nisto andavam…
     E uma velhota, que muito bem entendia estes manejos do Vento e do Sol – do ladrão do Vento e do macaco do Sol, como ela dizia – contou a seguinte história a um neto que tinha.
     Mas antes de a contar, sentada à porta, com a cabeça do rapazito no regaço, a ver se ele dormia, assim lhe disse: não te fies de um nem maldigas do outro! Sem eles que seria do mundo?
     E para ver se chamava o sono do neto, começou:
     O Vento veio ao mundo num reino, num reino de que se perdeu o nome. Não sabias?(...)"
Irene Lisboa, "O Vento", in Queres ouvir? Eu conto, pág. 56

O sistema solar - As fases da lua

 
A Lua é o único satélite da Terra e tem quatro fases.
EB! Bairro de São Miguel - Profª Isabel Baptista - 3º D - (Mónica)

O sistema solar - A Terra

A Terra é um planeta que tem uma estrela principal, o Sol e dá uma volta completa no espaço de um ano. Tem um satélite principal, que é a Lua e que dá  a volta à Terra em vinte e sete dias. Além disso, a Lua gira por si própria exactamente no mesmo tempo, mostrando-nos sempre a mesma face. O Sol dá a volta a si próprio em trinta dias, demorando a Terra para fazer este movimento em um dia. Principais dados sobre a Terra:
  1. Raio - 6. 371 Km;
  2. Idade - 4. 54 biliões de anos;
  3. Diâmetro - 12.756 Km;
  4. Distância ao sol - 149.600.000 Km;
  5. Satélite: Lua;
  6. População: Sete bibliões de pessoas;
  7. Temperatura média: 14º Centígrados, podendo variar entre - 6oº e + 45º Centígrados. 
EB1 Bairro de São Miguel - Profª Margarida Carvalho - 3ºA
Madalena - Maria Madalena - Vasco Cruz - Guilherme

O sistema solar - O planeta Marte

Fizemos uma pesquisa sobre o planeta Marte.
Marte é o quarto paneta do sistema solar e o segundo menor. O seu tempo de rotaçõ é de 24,6 horas. Têm sido feitas diversas expedições a Marte, que realizaram a recolha de amostras de rochas do seu solo, tendo os cientistas adiantado a possibilidade de haver vida em Marte há muito tempo atrás. Marte é conhecido como o planeta vermelho.

EB1 Bairro de São Miguel - Profª Sandra Bellmarce - 3ºB
- Ana Sofia - Ana Rita - Marta Silva - Filipe Nunes - João Duarte

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Escritor do mês - José Mauro de Vasconcelos


José Mauro de Vasconcelos, que aqui evocamos nos noventa e quatro anos do seu nascimento é o escritor do mês, nas Bibliotecas do Agrupamento. Nasceu no Rio de Janeiro, a vinte e seis de Fevereiro, tendo origens no nordeste brasileiro, conheceu um conjunto de dificuldades económicas que lhe dariam uma atenção muito especial sobre a vida. 

Da sua obra, O Meu Pé de Laranja Lima (publicado em 1968), foi uma das suas grandes narrativas. Este livro no seu próprio tempo foi um sucesso pela sensibilidade com que apresentou os dilemas da existência de uma criança, que também o era de uma sociedade concreta. Se há livros que nos relembram as tardes em que se iniciava a leitura do mundo, nos sabores da distante infância este é um deles. É um autor que nos devolve a procura por um mundo por onde a ternura possa se recriar, apesar das dificuldades da vida.

 De origem humilde, exerceu diferentes profissões em diferentes locais, escritor de grande sensibilidade com uma narrativa simples e original, escreveu entre outros, Banana Brava (1942), Rosinha Minha Canoa (1962), O Palácio Japonês (1969), O Veleiro de Cristal (1973) e O Meu Pé de Laranja Lima. Um autor que merece ser redescoberto, pelo muito que nos pode dar, de horizontes diversos, mas profundamente humanos. 

Livro da semana - O palácio japonês


Título: O palácio japonês
Autor: José Mauro de Vasconcelos
Edição: 1ª
Páginas: ...
Editor: Dinalivro

ISBN: ...
CDU: 82-93


... em construção.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia dos Namorados

 
Something in the way she moves / Attracts me like no other love / Something in the way she woos me / I don't want to leave her now / You know I believe and how.
(From Something, George Harrison)

Quand on n'a que l'amour / A offrir à ceux-là /Dont l'unique combat /Est de chercher le jour.
(From Quand on n'a que l'amour, Jacques Brel)


"I've got so much honey the bees envy / I've got a sweeter song than the birds in the trees / I guess you'd say/ What can make me feel this way / My girl / Talking 'bout my girl."  
(From My Girl, Temptations)

O amor em infinitas possibilidades de construção, no que cada um tem para si e cada sociedade do seu significado na proximidade com os outros. De Brel, com as teias do tempo, uma ideia fraternal de amor, a de todos os dias.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Leitura

A manifestação de um grande amor! Ainda há esperança para o mundo, com crianças a escreverem assim.
(Camila - BE's D. Maria II - Agrupamento de Escolas do Ave)

O sistema solar - Mercúrio

Fizemos uma pesquisa sobre o planeta Mercúrio.
Mercúrio é o planeta mais pequeno do sistema solar, orbita uma vez em cada oitenta e oito dias. A sua aparência revela um certo brilho visto da Terra.
Em Mercúrio não existe uma atmosfera e este planeta tem duas luas.
Mercúrio chega a atingir a temperatura de 430º centígrados, durante a fase do dia, passando na fase da noite para temperaturas muito baixas, no campo dos 108º centígrados negativos.

EB1 Bairro de São Miguel - Profª Margarida Carvalho - 3ºA 
- Sebastião Valada - Pedro António - Simão Antunes - Martim Ramalhão

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Evocar Charles Darwin





 (No nascimento de Charles Darwin, uma apresentação que nos traz a lembrança do autor da teoria da evolução, e nos faz pensar nas suas ideias sobre a evolução das espécies).

Dia da Internet Segura

Hoje comemora-se o Dia da Internet Segura. É uma iniciativa importante para pensarmos sobre as imensas possibilidades que as redes de comunicação touxeram e os cuidados que devemos ter, ao nível da difusão de informacão e da privacidade de dados pessoais. O seguranet tem um conjunto de recursos muito interessantes para pais, alunos e docentes. Aqui.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Livro da semana - A Tartaruga de Darwin

Título: Henriqueta, a Taratruga de Darwin
Autor: José Jorge Letria
Edição: 1ª
Páginas: ...
Editor:Texto Editora

ISBN: ...
CDU: 82-3


«(...) Henriqueta morreu no dia 23 de Junho de 2006, no jardim zoológico onde passou grande parte da sua vida, recordando sempre o nome e a vida de Charles Darwin, de quem, na linguagem especial das tartarugas, nunca deixou de afirmar que era amiga desde o tempo em que o Beagle chegou às ilhas Galápagos, povoadas por tartarugas, iguanas e milhares de outras espécies de animais que estiveram na origem da reflexão que levou um homem destinado a ser pastor protestante a tornar-se um dos maiores e mais revolucionários cientistas de todos os tempos.
 Como ninguém sabe o que se passsa para além deste mundo terreno em que todas as espécies coabitam, é bem possível que Henriqueta e Charles Darwin já se tenham encontrado algures, entre as nuvens, estrelas e cometas, e tenham dito um ao outro, numa linguagem de afectos que pode dispensar as palavras:
  - Aqui estamos outra vez juntos, mas agora para a eternidade.»

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Livro da semana - O pequeno livro das coisas

Título: O pqueno livro das coisas
Autor: João Pedro Mésseder
Edição: 1ª
Páginas: ...
Editor: Caminho

ISBN: ...
CDU: 82-1


Livro de grande significado poético, escrito por Joao Pedro Mésseder e ilustrado por Rachel Caiano. Os objectos mais simples do quotidiano, para uma exploração poética de grande valor.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Celebrar as palavras

Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantiga dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.

Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
a saudadde lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.

Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.

Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.

Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.

in Rosa Lobato Faria, «Sonhadores com asas»
Imagem, in http://www.cm-varzim.pt

(Num tempo em que pequenas figuras se preocupam tanto com o controle aparente dos dias, deixemos a biografia, a única possível, a poesia das palavras de uma poetisa. Por ela reconheceu o mundo e fez dos seus sentidos um refúgio para nós nos enterdemos melhor com o Universo. O seu sorriso permanecerá inesquecível, quase tanto como a doçura das suas palavras).

Fevereiro

Fevereiro, significa na sua raiz latina Februare, ou seja purificar. Mês de purificação e de penitência, era para para a civilização romana o último dos seus meses no calendário, onde eram incluídos os dias que faltavam para completar o ano. Último mês, quando era necessário acrescentar dias, o que ainda hoje se faz. Um bom Fevereiro!