sábado, 31 de maio de 2014

Dia mundial da Terra... 2

(Na celebração do Dia MUndial da Terra - Carlota e Inês - 3º D)

Dia Mundial da Terra...1

(Na evocação do Dia Mundial da Terra - Mónica - Madalena - Vicente - 3º D

Leituras...

A Carta do Índio Chefe Seattle, "Manifesto da Terra-Mãe".

 Em 1854, um "selvagem", o chefe Seattle, da tribo Suquamish, do estado de Washington escereveu uma carta de resposta ao governo americano, depois de este ter feito a proposta de compra das suas terras. Foi há muitos anos, mas continua ainda mais actual pela ignorância dos iluminados que governam o Planeta. Foi divulgada, em 1976 pela Unesco, nas comemorações do Dia Mundial do Ambiente. Eis o texto da carta."

Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da terra? A ideia não tem sentido para nós. Se não somos donos da frescura do ar ou o brilho das águas, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, cada grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios, cada monte e até o zumbido do insecto, tudo é sagrado na memória e no passado do meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.Os mortos do homem branco esquecem a terra onde nasceram, quando empreendem as suas viagens entre as estrelas; ao contrário os nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós.

As flores perfumadas são nossas irmãs, os veados, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencem à mesma família. Assim, quando o grande chefe em Washington envia a mensagem manifestando o desejo de comprar as nossas terras, está a pedir demasiado de nós. O grande Chefe manda dizer ainda que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente uns com os outros. Ele será então nosso pai e nós seremos seus filhos.Se assim é, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para nós. A límpida água que corre nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. 

Se lhes vendermos a terra, recordar-se-á e lembrará aos vossos filhos que ela é sagrada, e que cada reflexo nas claras aguas evoca eventos e fases da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai. Os rios são nossos irmãos, e saciam a nossa sede. Levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos a terra, deveis lembrar e ensinar aos vossos filhos que os rios são nossos irmãos, e também o são deles, e deveis a partir de então dispensar aos rios o mesmo tratamento e afecto que dispensais a um irmão. Nós sabemos que o homem branco não entende o nosso modo de ser.Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. 

A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que se compram, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor.O seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. E isso eu não compreendo. O nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreende... 

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o desabrochar das folhas na primavera, o zunir das asas de um insecto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O vosso ruído insulta os nossos ouvidos. Que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs nas margens dos charcos e ribeiros ao cair da noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio dia e aromatizada pelo perfume dos pinhais. O ar é inestimável para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. 

Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis recordar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O vento que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes recebe o último suspiro.Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir saborear a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Por tudo isto consideraremos a vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, eu porei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. 

Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo homem branco de um comboio em andamento. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver. Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual. Porque o que suceder aos animais afectará os homens. Tudo está ligado.Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas de nossos avós. Para que eles respeitem a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai aos vossos filhos o que nós ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si mesmo. 

De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos a certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Por fim talvez, e apesar de tudo, sejamos irmãos. Uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. 

Hoje pensais que Ele é só vosso, tal como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e ofender a terra é insultar o seu Criador.Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão afogados nos vossos resíduos. Contudo, caminhareis para a vossa destruição, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. 

Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. Termina a vida começa a sobrevivência."

terça-feira, 27 de maio de 2014

Lágrimas de crocodilo

Bem, querem que vos diga o que são lágrimas de crocodilo? Se querem vou começar. Vou-vos contar uma história de um crocodilo e como o podemos apanhar. Pega-ase numa caixa do tamanho de um crocodilo e vamos para o rio Nilo! Depois levamos a caixa para o Egipto, e esperamos junto ao rio. O crocodilo sente-se atraídopela caixa e quando entrar levamo-la num dromedário. Depois é so chegar a casa e viver com ele. Vemos que ele come com talheres. Mas o nosso crocodilo não tem muitas boas maneiras. De qualquer modo conta-nos histórias, leva-nos à escola, transporta-nos no lago. Só não lhe podemos pisar a cauda, senão... mas no fundo ele é bonzinho, pois arrpende-se e chora lágrimas que não são verdadeiras. São lágrimas de crocodilo.
 
Ana Rita - 3º B

Leituras...

"- Lágrimas de crocodilo!
- O que são lágrimas de crocodilo?
- Tu estás a chorar lágrimas de crocodilo.
- Mas o que são lágrimas de crocodilo?
 - Eu vou-te explicar o que são lágrimas de crocodilo. (...)

As minhas palavras pequeninas

Miguel Correia /Pai / Mãe / Avó / Avô / Tio / Tia)

Joana Nunes (Cão / Pai / Mãe)

Rita Ferreira (Pai / Mãe / Tu)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Projecto - "Horta Pedagógica" - Permacultura

João Picciochi (Feijoeiro)
Guilherme (Alfazema)
Mónica (Alecrim)

Algumas das ilustrações realizadas pelos alunos no decurso do Projecto "Horta Pedagógicas - Permacultura". Desenhos realizados para ilustrar as fichas de identificação das plantas e que serão usados na construção de um filme sobre o projecto desenvolvido.Parece-me evidente que as possibilidades criativas que cada criança transporta, como o definiu Picasso poderia ter uma dimensão de outra grandeza se o sistema educativo soubesse verificar as potencialidades de uma educação para a criatividade. 

As pequenas coisas

Ana Margarida
Carolina Gomes
Maria Esperto
Poemas criados e ilustrados a partir da leitura do Pequeno livro das coisas, de João Pedo Mésseder

Leituras

São as coisas mais do que coisas, e o que vêem elas quando são coisas? São as coisas iniciadas por uma causa, ou pelo nosso olhar? Têm as coisas sonhos, imagens, alegrias, como nós? Se as coisas não são só coisas, como as podemos olhar, reparar nelas, no que constrõem connosco? São as perguntas de um livro admirável de um escritor que dá aqui uma possibilidade de introduzir a poesia aos mais novos, e onde a Rachel Caiano complemte de uma forma admirável.
 

Livro da semana - Na floresta da preguiça

Título: Na floresta da preguiça
Autor: Sophie Strady / Anouck Boisrobert / Louis Rigaud
Edição: 1ª

Páginas: ...
Editor: Bruáa
ISBN: ...
CDU: 82-93



Sinopse: Um livro sobre a destruição da floresta,onde a cada página a lentidão da preguiça se opõe ao ritmo da destruição, das máquinas, até um imagem final, "Salva-te". Poderemos nós salvar aquela preguiça, resgatar o silêncio e a vida perdida. Podemos nos pontos direitos do livro e da vida, participar e acreditar que a história, a que cada um faz pode ser reescrita. Um livro muito interessante sobre os contornos da participação individual e da esperança.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Frutos e cores

Construção de poemas, a partir da leitura do Livro negro das cores.

Leituras




O Tomás não conhece as cores como a grande maioria das outras crianças. Como saberemos explicar-lhe o que é o amarelo e o azul, e o vermelho e o preto? De que cores são feitas todas as cores? E podemos sentir as cores e ouvir as cores? É a este difícil desafio que o Livro negro das cores se propõe fazer, a tentarmos perceber se o amarelo será da cor da mostarda ou tão macio como as penas de uma galinha e se azul é mesmo esse conforto quente na cabeça. E é uma oportunidade para pensarmos em objectos, em frutos e descrevê-los, nas imagens e em palavras.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

As minhas palavras pequeninas...

Pedro Saibo - 1º A (Sol / Terra)


Mafalda Loureiro - 1ºA (Avô / Irmão)

Beatriz Santos -1ºA (Mãe)

Leituras... Palavras pequeninas

Título: Palavras pequeninas
Autor: Maria Antonieta Nabais

Edição: 1ª
Páginas: ...
Editor: Everest

ISBN: ...
CDU: 82-93

Sinopse: Um livro de iniciação às palavras e com elas construir as ideias, as emoções, o mundo que nos preenche.

"Com palavras pequeninas se escreve o essencial. Vê tu a palavra ar...
pequena, pequeninha, tão simples, tão transparente que nem toda a gente, a vê ao vê-la passar."

Escritor do mês

Luís Sepúlveda é o terceiro maior escritor em vendas na América Latina e tem uma obra interessante em memória daquilo que o move como cidadão. De estudante do Maio chileno de 69, a companheiro e guarda pessoa de Salvador Allende, a guerrilheiro na Nicarágua, a preso político, a ativista da Amnistia Internacional, o escritor tem tido uma vida cheia de experiências, emoções e  de recordações de um tempo histórico violento, mas rico de vivências. 

 A sua obra é um testemunho de uma estética que procura na vida construir uma ética sobre os valores humanos e sobre os sonhos de minorias e em especial de um território que é o Chile. A Patagónia, imenso território que atravessa a Argentina e o Chile, tem um clima difícil, extremo, onde o vento e o gelo isola os espaços desse território. É um dos locais últimos da Terra, que envolve os aventureiros e os sonhadores pela viagem, pela descoberta, pela caminhada na respiração de pessoas e de uma cultura própria e não muito divulgada. A sua obra assenta muito na conquista estética e ética da respiração deste território.

Tem no entanto outros títulos, que pela precisão de linguagem, pela musicalidade que encontramos na narrativa, pela procura de oferecer livros minimalistas em termos de tamanho, mas densos no que procuram atingir. Neste quadro poderíamos colocar, O velho que lia romances de amor, O poder dos sonhos, Histórias daqui e dali, ou História de uma Gaivota e de uma Gato que a ensinou a voar. Saído recentemente igualmente uma história interessante sobre o valor da amizade, História de um gato e de um rato que se tornaram amigos.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Livro da semana - História de um caracol ...

Título: História de um caracol que descobriu a importância da lentidão

Edição: 1ª
Páginas: ...
Editor:Porto Editora
ISBN: ...
CDU: 82-93

Sinopse: ...

domingo, 4 de maio de 2014

Dia da Mãe



Quando eu for pequeno, mãe,
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono

Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.

Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.

Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou
[pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.

José Jorge Letria, «Quando Eu For Pequeno»,
in O Livro Branco da Melancolia
Imagem, Angela Morgan, Maternitat

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Maio

 " no mês de Maio que é o mês da liberdade
no mês de Maio que é o mês dos namorados".

Manuel Alegre, "Nós voltaremos sempre em Maio"
Imagem, in http://takaclip.tumblr.com/